Osteopenia e
Osteoporose
Benefícios da Vitamina E
Remodelação Óssea
O osso é um tecido
dinâmico que se remodela continuamente ao longo da vida para a homeostasia
óssea, este processo é baseado no equilíbrio das atividades de reabsorção e
formação do osso, que requer não só a comunicação entre diferentes células, por
exemplo os osteoblastos e osteócitos, como também as células de reabsorção
óssea, os osteoclastos.
A remodelação óssea
é controlada por diversos fatores locais e sistêmicos em diferentes vias, como
da calcitonina, do paratormônio e do estrogênio, o principal regulador hormonal
da reabsorção óssea osteoclástica. Além disso, citocinas, como interleucina-1
(IL-1), interleucina-6 (IL-6), prostaglandina E2 (PGE2) e fator de necrose
tumoral alfa (TNF-a), desempenham papéis na regulação da remodelação óssea
fisiológica. A via do estresse oxidativo ativa a diferenciação de
pré-osteoclastos em osteoclastos, provocando a reabsorção do osso. Na presença
de um nível elevado de espécies reativas de oxigênio (ROS), ocorre rápida perda
óssea, especialmente em mulheres na pós-menopausa.
Osteopenia e Osteoporose em Mulheres na Pós-menopausa
Mulheres na
pós-menopausa apresentam cessação da função ovariana e redução do hormônio
reprodutivo feminino, que está associado aos processos de envelhecimento, como
osteoporose, aterosclerose e câncer. O estresse oxidativo, fator
fisiopatológico do processo de envelhecimento e causa da osteoporose, agrava a
atividade osteoclástica na fisiologia de remodelação óssea, sem afetar o
osteoblasto.
Além disso, a reabsorção do osso predomina em relação à formação, resultando em diminuição de sua densidade. Esses mecanismos/fatores fazem parte da causa da osteopenia e osteoporose em mulheres na pós-menopausa e idosos. A prevalência da osteopenia é alta nas mulheres em pós-menopausa e o risco relativo de fratura é três vezes maior para mulheres osteopênicas em comparação às mulheres com densitometria mineral óssea (DMO) normal. O fortalecimento dos ossos e a prevenção de quedas neste grupo de mulheres são essenciais para minimizar a morbimortalidade por fraturas.
A partir de estudos observacionais em mulheres na pós-menopausa, baixos níveis séricos de a-tocoferol e baixa ingestão de vitamina E na dieta foram associados à osteoporose e fratura de quadril.
Estudo Comprova
Um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo foi realizado para estudar o efeito de um mix de tocoferóis nas alterações dos marcadores da remodelação óssea, como o telopeptídeo C-terminal (CTx) sérico, específico para a degradação do colágeno e marcador da reabsorção óssea e, também os níveis séricos do propeptídeo amino-terminal do procolágeno tipo 1 (P1NP), um marcador da formação dos ossos.
Resultados
ü No grupo placebo, os níveis séricos do telopeptídeo C-terminal (CTx) aumentaram 35,3% em 12 semanas de suplementação, em relação
à linha de base (p < 0,001);
ü No grupo suplementado com vitamina E, não houve alteração
significativa no marcador da reabsorção óssea (p < 0,898);
ü
Nenhum efeito adverso notável foi encontrado após 12
semanas de suplementação.
Conclusão
A suplementação de vitamina E (mix de tocoferol) em mulheres osteopênicas na pós-menopausa retarda o aumento do telopeptídeo C-terminal (CTX), um marcador bioquímico da reabsorção dos ossos, o que pode representar a prevenção da perda óssea através da atividade antirreabsortiva.
VALLIBHAKARA
SA, NAKPALAT K, SOPHONSRITSUK A, TANTITHAM C, VALLIBHAKARA O. Effect of Vitamin
E Supplement on Bone Turnover Markers in Postmenopausal Osteopenic Women: A
Double-Blind, Randomized, Placebo-Controlled Trial. Nutrients. 2021 Nov 25;13(12):4226. doi: 10.3390/nu13124226. PMID:
34959779; PMCID: PMC8709036.
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